Morada feliz.

Olhei pela janela e fiquei a observar o dia, um rastro de luz do sol  teima a se apresentar, em meio a um céu cinzento, um canto inoportuno do vento. Não tive dúvida, daria par dar um passeio rapidinho.
Desci a rua do centro, reparei as pessoas bem vestidas, em virtude do frio, um senhor claudicante, decerto pela ação do tempo que corrói tudo.
O carro parece saber dos caminhos do deleite costumeiro, quando resolvi subir uma ladeira, ver um cantinho velho conhecido meu, mais especificamente, as casas em volta.
Para surpresa minha, lá estava ela ...soberana, talvez em sua idade ( acho que bem mais velha que suas vizinhas)...reinando em um esquina... com agradável surpresa de encontrá-la novamente, desta vez, com a janela aberta...todas ás vezes, em que a  visitei, estava silenciosa...em sua solidão...tolhida da sua função, seu sentido na vida...abrigar as pessoas.
Meus olhos faiscaram, agradável sentimento de encontrá-la  assim, as folhas da janela se assemelham com braços largos, um gesto de carinho e abraço. Hoje, senti que ela está feliz.


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